Apocalipse
Revolta de mundos
estelares.
Ribombam trovões
cortando os ares.
A chuva extremamente
forte
Aumenta o caos
generalizado
Paira no ar por todo
lado
O cheiro acre de horror
e morte.
Vagas imensas nos
oceanos
Com uma fúria já de
muitos anos
Ao precipitarem-se em
terra
Arrasam e tudo no
caminho
Tragam em terrível
remoinho
Com o estrondo de uma
guerra.
Famulenta a terra se
abre
Como que ferida a
sabre,
Jorrando de suas
entranhas
O ígneo sangue grosso.
Escapam de um profundo
fosso
Gases de colorações estranhas.
Na tentativa
desesperada
Da fuga, a inesperada
Falta de um lugar para
ir
Faz a humanidade
desgraçada
Correr pela terra
destroçada
No ímpeto covarde de
fugir.
Chora a torpe
humanidade
Uma existência de
iniqüidade...
Treme a terra novamente
Em convulsão
terribilíssima.
Toda gente
assustadíssima
A gritar
desesperadamente.
Essa destruição
fantástica,
Que é totalmente
mística:
O aniquilamento do
planeta!
Fende-se a terra de sul
a norte,
De pólo a pólo; desta
sorte
A profecia se completa.
Flutua no universo
enorme
Uma massa cósmica
disforme,
Após a planetária
explosão.
Transformada em
fragmentos
Com todos os seus
segmentos
Como toda e qualquer
destruição.
Como o Soberano
Universal
Regi esse Juízo Final!
Queima o cigarro no
cinzeiro.
Um desejo agora me
passa...
Sim. Talvez qualquer
dia eu faça...
Destruo o universo
inteiro!